30 July 2008

Adeus, Avó.

Amo-te.
És agora um anjo a olhar por nós...

27 June 2008

Queria...

Queria escrever...

Queria saber o que escrever. Que as palavras me saíssem em catadupa dos dedos como dantes...
Queria que tudo estivesse bem... Ou pelo menos que os médicos descobrissem o que tenho de errado, afinal!...
Estou cansada. Estou sem energia. Estou sem paciência. Sem gosto no que faço. Sem inspiração. Sem a perfeição que me caracteriza em muitos aspectos. Sem "feeling".
Queria saber de vós, todos vós que me lêem, a quem eu leio... lia, que agora não tenho tempo durante o dia, nem energia durante a noite.

Esta não sou eu. Quem escreveu estas palavras... Não sou eu! Eu sou positiva e optimista. eu não me deixo abater por nada que conheça, e pelo que não conheço também. Eu sou aquela que vê sempre algo de bom em qualquer situação. EU escreveria:
Queria escrever... Mas não tenho tempo. Paciência! É sinal que ando a dar montes de quecas em vez de falar delas! Tomem! Roam-se de inveja! Hihihi
Agora a sério... Queria escrever mas nunca consigo chegar ao fim do dia com energia para o fazer, porque ando um bocadito cansada e os médicos ainda não descobriram porquê. Não há de ser nada! Sexo a mais, com certeza! ;) Ainda no outro dia o meu maridão me virou do avesso! E eu vinguei-me na noite a seguir e virei-o a ele do avesso! Hehehe

Na realidade estou isto tudo, mas... Ainda não estou sem tesão!!!

Queria só vir aqui dizer-vos que ainda não morri, este blog ainda não morreu e nem faço intenções de o deixar morrer. Venho pedir-vos um pouco de paciência com esta velha e doente blogger... Cof! Cof! Venho dizer-vos que tenho saudades vossas. Sim, mesmo! Muitas saudades. E venho dizer-vos que não vos esqueci, que não vos esquecerei.

Beijo a tod@s, da vossa
Sexhaler

16 April 2008

Dia de S. Enlouquecer!

Dormi bem esta noite. A noite toda de seguida, sem ser incomodada por ruídos estranhos ou vizinhos menos delicados com as portas.
Sei que sonhei, não sei com quê mas... Posso imaginar! A forma como me sinto hoje só pode indicar um tipo de sonhos e o facto de estar a escrever sobre eles aqui só pode querer dizer que também vocês já sabem com o que sonhei!

Hoje sinto que te comia vivo, querido! Estou num daqueles dias de loucura em que só me apetece...
Sinto o sabor da tua boca, tenho o teu cheiro gravado em mim, o toque das tuas mãos na minha pele, o calor do teu corpo no meu...
Sinto-me vazia e quero que me preenchas! Sinto-me faminta e quero que me alimentes! Sinto-me molhada e quero que me...

Dass! Deixa-me lá ir fazer contas às horas que ainda faltam para eu ir para casa...

03 April 2008

Insanidade primaveril

A Primavera aproximava-se a passos largos, a noite estava quente e estrelada e eles caminhavam abraçados, conversando, nos sorrisos espelhado o desejo contido e a vontade de algo mais...
Olharam-se nos olhos, tropeçaram nos passos, riram e ele chamou-a pelo nome que lhe tinha dado:
- Paixão...
- Sim, querido...?
Uma pergunta. Um desejo.
De repente a mão dele entra pelos cabelos dela, puxando-a pela nuca para si. Unem-se as bocas num longo beijo. Ela abraça-o e deixa-se ir, a boca invadida pela língua dele, o corpo invadido pelo desejo de ambos.
A mão que lhe segura a nuca acaricia-a de uma forma electrizante, a outra passeia-se pelas suas costas e cintura, aprisionando-a ao corpo dele, colando as suas formas juntas. Os corpos encaixam-se na perfeição, os olhos fechados, as bocas coladas inquietas, o peito dela esmagado contra o dele, a sensação do desejo a tornar-se realidade... E ela solta o primeiro gemido suave quando sente a língua dele escorregar pelo seu pescoço.
Rendida.

Era deixa de que ele precisava para ter a certeza de que era tão desejado quanto a desejava. Agarra-a com força, o beijo intensifica-se e ele sente-se crescer e pulsar à medida que as mãos dela acariciam as suas costas e escorregam pelo seu peito. Sente-se invadido pelo desejo ardente de lhe sentir a pele e faz as mãos deslizarem por baixo da camisola fina dela. Quente. Ela arqueia o corpo e suspira agarrada aos ombros largos dele que aproveita o gesto para fazer as mãos subirem pelo ventre dela até ao seu peito. Ele sente-a estremecer quando lhe aperta os seios suavemente e inclina-se sobre ela para a beijar de novo. O beijo desce da boca ao queixo, do queixo ao pescoço, do pescoço ao fundo decote... e ela geme e suspira, e agarra-se a ele, desejando-o mais. Já não pensa, não fala, não age, só sente.
A camisola sobe e o soutien liberta os seios finalmente, ele lambe-os, sente-lhes o sabor e sente os mamilos duros por ele. Ela deixa uma mão a acariciar-lhe a nuca, porque sim, porque gosta da sensação dos seus cabelos entre os dedos e da suavidade da pele dele, enquanto a outra mão desce pelo seu corpo buscando um objectivo definido.
Ela quer. Ela tem. Ouve finalmente um gemido sussurrado por ele quando a mão agarra o seu objectivo e o massaja por cima das calças que o apertam.
Ele quer. Ele tem. A mão dele entra nas calças dela, buscando o prazer que lhe pode dar um toque, uma carícia certeira. Encontra-a molhada, disposta, pronta. Ele adora sabê-la assim por causa dele, adora a pele macia e quente, adora o botãozinho inchado que prende entre os dedos.
Ela geme, surpreendida pela sua perícia certeira, e é finalmente dominada pelo desejo, descontrolada pelo prazer que os movimentos dos dedos dele lhe dão. Sente-se destituída de poder, sem o ser realmente mas, já não dá para controlar mais e os gemidos ecoam na rua deserta. Onda de prazer seguida de onda de prazer e o corpo movimentando-se na busca de ainda mais até que... Aaahhhhh! Ele é a sua âncora e a sua tempestade, agarra-o com força e desprende-se do mundo, libertando-se num orgasmo, na tal pequena e deliciosa morte...
Quando abre os olhos encontra os dele, leva alguns momentos para recuperar o controle e acalmar a respiração. Sem tréguas, beijam-se sofregamente, perdem a noção do tempo e do espaço, só eles existem, só eles importam.

Ela ainda quer. Ela tem. O fecho desaperta-se e ela sente finalmente o calor do sexo dele na mão. Hummmm... que delícia! Enquanto o massaja entretém a ideia do seu sabor. As mãos dele não deixam de a percorrer e torna-se difícil pensar no passo seguinte. Mas ninguém disse que seria preciso pensar para... Ele geme e suspira, ela sabe o que lhe pode fazer e só quer dar-lhe o mesmo prazer que sentiu. Oferece-lhe o corpo, sem palavras dizendo sou tua, e sente a força do desejo dele na pele beijada, lambida, mordida...
A mão dela massja-o e aperta-o, pára e arranca aumentando ou diminuindo a cadência que o enlouquece, nem um centímetro dele fica esquecido, do mais suave ao mais duro e o rosto dele, a respiração entrecortada dele traem o que ele sente. O prazer daquele momento está espelhado na cara dela também e isso só o excita mais, aquelas mãos no seu sexo, o sangue que lhe corre célere nas veias e o prazer que o invade são completados pelo ar deliciado dela, os seu olhos semi-cerrados, os dentes que prendem o lábio inferior... Ele só quer agarrá-la, saboreá-la, senti-la e o descontrole ameaça-o de muito perto. Não vai dar mais!... Ela vai ter que parar senão!...
Mas ela não pára, nunca fez intenção de parar e... Oooohhh! Ele não consegue impedir o orgasmo, quente e líquido que brota do seu interior, os espasmos incontroláveis que o seu corpo sente mas os seus olhos fechados não vêem.
Ela sorri. Os seus olhos não o largam. Feliz. Satisfeita.
Ele olha-a. Sorri, corado, ainda sem muita certeza de ter os pés no chão.
O prazer sentido por ambos não aliviou em nada o louco desejo que sentem, muito pelo contrário: querem mais, muito mais!
Sorrindo abraçam-se e beijam-se. E beijam-se... E beijam-se... O beijo interminável, profundo, excitante, prenhe de vontades e desejos incontroláveis. Ele puxa-a mais para si, mais e mais até ficarem encostados a uma parede. As mãos voltam a viajar pelos corpos semi-despidos e os gemidos voltam a distanciar-se dos sussurros.
Ele vira-a de costas para si e sente o traseiro dela encaixar-se nele enquanto enche as mãos com os seios dela, apalpando, brincando, entesando. Ela suspira e sorri e retribui a provocação fazendo movimentos de anca para roçar o traseiro no sexo dele, põe ambas as mãos na parede para se segurar e empina bem o rabo para ele que não se faz rogado e o acaricia e apalpa. Ele baixa-se e lambe-lhe as nádegas e não faz ideia de como isso a põe louca! Não tem tempo para o ver na cara dela porque de seguida ajoelha-se e enterra a cara nas nádegas dela, a boca no sexo dela que geme, tomada de assalto pelo prazer que a língua dele lhe dá.
Ela sente-se perdida de desejo, arranha a parede e teme não segurar mais os gemidos presos na garganta. Ooooohhh! Siimmm! quando ele a sente louca, perdida, quase a vir-se, pára e vira-a para si. Beijando-a repetidamente, levanta-a pelas nádegas e encaixa-se entre as pernas dela.
Encostada à parede, ela agarra-se aos seus ombros e abraça-o com força, gemendo ao senti-lo deslizar para dentro dela, penetrando devagarinho até o sentir bem fundo.
Ele pára, sentindo apenas, o calor aveludado e molhado dela envolvendo-o, querendo mais mas desejando levá-la ao extremo. As suas mãos nas nádegas dela, a boca apoderando-se dos mamilos duros de tanto tesão, o som dos gemidos dela ecoando no seu corpo fazendo-o vibrar até que...
- Fode-me! Fode-me e não páres!
O tremor na voz baixa e rouca dela denuncia o turbilhão de sensações e emoções que a dominam. Ela quer. Toda ela é desejo! Ardente. Insano! E ele fode-a. Inicia a cadência lentamente e sente-a apertá-lo dentro de si, como se o quisesse guardar eternamente. Ela aperta e afrouxa ritmadamente e ele sente-se perder o controle. Já nenhum dos dois pensa, já nenhum dos dois quer provocar o outro ou se preocupa com formas de dar mais prazer. O ritmo dos movimentos aumenta, ele entra e sai dela rapidamente e beijam-se como forma de atenuar o som do prazer que já não contêm. Vêem-se. Primeiro ela e de imediato ele, e as sensações são avassaladoras, poderosas, incontidas.

À medida que a respiração vai regressando ao normal, por entre beijos e sorrisos, eles dão-se conta de onde estão e da posição em que se encontram. Sem uma palavra, riem-se enquanto as roupas voltam ao seu lugar, talvez um pouco mais amachucadas, mas isso não tem importância...

A noite estava quente e estrelada e eles caminhavam abraçados, sorrindo. Ela quebra o silencio dourado em que se tinham aconchegado:
- Isto foi uma loucura!
- É da Primavera!

E seguem pela rua, rindo.

08 March 2008

Wishfull thinking!

Não tenho tido tempo para nada, inclusive e com muita pena minha, para o blog.
Depois de mais um árduo dia de trabalho (sim, até ao Sábado!) e ao regressar a casa deparei-me com algo que não poderia deixar de partilhar convosco. Mais uma vez no trânsito, e mais uma vez parada num semáforo... Ao olhar para o lado vejo esta inscrição numa carrinha bastante suja...

Ao senhor que conduzia a carrinha, que não conheço e não devo voltar a ver, quero desde já agradecer a amabilidade, pois mesmo depois do sinal mudar para verde ele ficou parado, propositadamente para me deixar tirar mais uma foto.

Mr., thank you so much for the good laughs you provoked and I can just say:
I wish your wife fullfils your dirtyest wishes!
;)

19 February 2008

O desafio da "Ana Magnólia"

- No 3º direito, existe uma mulher decidida. Ela adora sexo. Não há por onde negar. Ela detesta sentir-se cansada às dez da noite. Ela costuma sussurrar ao ouvido de outras pessoas e para si própria "delicioso". Ela delira ver desde o primeiro ao último minuto o "Eyes Wide Shut" e não esconde o gosto em ver Nicole Kidman a representar. Ela coloca o desafio à Sexhaler.
- 7 coisas que sei fazer bem;
- 7 coisas que não sei fazer;
- 7 coisas que digo frequentemente;
- 7 qualidades que aprecio no sexo oposto ( ou no mesmo ser for o caso );
- 7 filmes favoritos;
- 7 actores/actrizes preferidos;
- 7 vitimas para lançar este desafio;




Seria muito dificil, senão impossível, superar as respostas dadas em Junho do ano passado neste post do Three To Tango... No entanto, como desta vez me calha só a mim esta tarefa, que jamais recusaria à sedutora Ana e à irresistível Magnólia, vou tentar responder o melhor que puder, mas vou reduzir isto a três porque sete é muita fruta!

Coisas que sei fazer bem
Ora, deixa cá ver... Sei fazer bastantes coisas bem, resta-me decidir se vou falar daquelas que mais importam ou das outras, mais triviais... Ou de ambas!
Eu sei ouvir. Ouvir realmente quem fala comigo. Ouço com o corpo todo, com os ouvidos, claro, mas com a mente e o coração também. Ouço com os olhos, espiando cada reflexo, cada gesto, cada expressão. Ouço... da melhor forma que posso e sei todos os que escolhem depositar em mim palavras, sensações, sentimentos e confissões.
Sei fazer uma excelente mousse de chocolate! Rica, cremosa, doce sem ser enjoativa, derretendo-se na boca e invadindo a boca com sensualidade, até finalmente se engolida com um gemido de prazer, enquanto a colher já mergulha na taça para uma nova investida achocolatada aos sentidos. Assim é a minha mousse, que tem um segredo que dificilmente partilho! ;)
Sou esposa e mãe. Por ser, não quer dizer que o saiba fazer bem. Quanto a se esposa... não me vou pronunciar, mas o meu marido não se queixa... muito! Vá lá, hoje estamos num dia bom e posso dizer que sei ser mãe. Claro que tenho dúvidas, claro que muitas vezes me interrogo se estarei a fazer o melhor para o meu filho, claro que é frequente achar que poderia ter tido mais paciência, mais calma, mais tacto... Se assim não fosse de certeza que não seria uma boa mãe. Faz parte! O não saber ou o querer saber sempre mais e fazer sempre melhor são o que faz de nós melhores pessoas, melhores mães e pais.


Coisas que não sei fazer
Digo a quem me quiser ouvir que não sei cozinhar. Não é bem verdade mas fica lá perto. Eu detesto cozinhar, e quando as coisas não se fazem com gosto não podem sair bem, certo?
Patinar! Eu gostava, adorava mesmo aprender a patinar, mas não posso. Estou piribida dos médicos. Como também gostaria de poder experimentar certos desportos radicais como o bungee jumping... Como também gostaria de me meter numa montanha russa e gritar até me saltarem os pulmões (olhem que não é fácil que eles estão bem treinados!) Não posso, pronto, nem penso muito nisso porque nunca pude... Diversos problemas médicos, especialmente de coluna me impedem e só se eu não tivesse um pinguito de juízo é que me meteria em tais aventuras.
Não sei mentir. Especialmente a quem me conhece, nem precisa me conhecer bem! O meu olhar é transparente e há muito que desisti de tentar esconder o que sinto ou o que penso. O que não tem remédio, remediado está: Sinceridade is my middle name! ;)

Coisas que digo frequentemente
O nome do meu filho. Tenho um piratinha com três anitos que nunca pára! Passo a vida a chamar por ele para tentar impedi-lo de fazer asneiras ou para tentar que ele faça algo, qualquer coisa que eu lhe peça!Digamos que... a obediência não é o seu forte, mas a culpa não é dele: é genético! :D
Cacete! ou Ai o cacete! Quando me magoo, quando me zango, quando brinco... Eu muito raramente digo asneiras, excepto quando devidamente entusiasmada, porque não há como umas ordinarices para deitar achas na fogueira! ;) Canudo! ou Ai o canudo! Substitui o cacete quando calha, por isso serve os mesmos propósitos.
Doce. Doce é uma palavra que utilizo muito e que me serve para quase tudo e todos! Para mim doce pode ser aplicado a algo comestível, a uma pessoa ou a uma atitude, a um cheiro ou a um local, a uma sensação ou um sentimento... Doce pode ser até a vida, mas são principalmente os amigos e amigas.


Qualidades que aprecio no sexo oposto
Honestidade
Educação
Sinceridade
Sensualidade
Cuidado consigo próprio
Humor, do bom, claro!
Inteligência
Alguma malícia

Filmes favoritos
Cry Baby - Quanto mais não seja para ver o Johny Depp à la rockabilly! Pronto, eu sei, não é lá grande filme, até é muito pouco conhecido, mas... mim gosta!
Moulin Rouge - A cena de Tango vale por tudo! E a voz do Ewan... "Love is a many splendored thing! Love lifts us up where we belong! All we need is love!..."
Shreck! - Que posso dizer? Há uma criança em mim e gosta de ogres grandes, feios e de coração mole! hihihi Eu gosto de fantasia, para realidade ligo a televisão na hora dos noticiários! Eu gosto de fadas e duendes, de dragões e centauros, de heróis improváveis, bruxas, feiticeiros, hobbits, unicornios... Gosto de magia! Gosto do improvável e do impossível. Gosto... de sonhar!...

Actores/Actrizes favoritos
Johnny Depp
Sean Connery
Nicole Kidman
Ruy de Carvalho
Monica Belucci
Orlando Bloom
Entre outros...

Pronto! Agora seria de esperar que escolhesse mais sete vítimas a quem passar este desafio, assim ditam as regras, mas não o farei. Considerem-se desafiados, todos vós que passam por aqui e roubam alguns minutos do vosso tempo para me lerem.

Ia à pesca de umas fotos e imagens giras para pôr aqui e não escapar à regra, mas não me apetece. Afinal, quem cá vem não vem pelas fotos, certo?

06 February 2008

Serviço público

Interrompo aqui a emissão porque tenho que partilhar convosco um blog fantástico! A Magnólia que me perdoe mas eu gosto dos meus leitores, daqueles que me visitam dia após dia e me presenteiam com a sua atenção e os seus comentários. É por eles - vocês - que interrompo a minha escrevinhação habitual... Vocês têm que ler isto!
Imaginem um prédio com seis apartamentos, habitados por inquilinos muito pouco comuns! Um prédio onde se desenrolam os mais excitantes acontecimentos, exposto com uma escrita erótica e sensual, mas com bom senso, com realismo e inteligência. Ele existe, nem que seja só virtualmente, e chama-se Edifício Magnólia. (O facto de não ter link é propositado, para que leiam desde o início)
Isto é serviço público, minha gente, vão ver que ainda me agradecem!!!

Os posts são sequenciais por isso devem começar a ler do primeiro, para perceberem bem toda a história. E começa assim:

Isto é apenas o inicio...
-
"Tu gostas de ver, não gostas?"
Tagline do filme Sliver, de 1993, com Sharon Stone e
William Baldwin.
http://www.imdb.com/title/tt0108162/

A história que agora se inicia não é suposto ter
um fim. A história que se segue não é uma novela comum, nem tão pouco um mero
desenrolar de posts. A história que vos conto é uma aventura...
É um desenrolar de uma história que se partilha em seis pedaços. Cada um desses pedaços transpira sensualidade, erotismo e muita intimidade secreta. Singularmente, cada pedaço faz parte de uma trivialidade tão comum. E no fundo, todos esses pedaços têm as suas ligações. Enraizado no centro de uma grande cidade portuguesa, existe um edificio singular. Na sua estrutura, nas suas rotinas e nos seus peculiares habitantes e inquilinos. O Edificio Magnolia é um prédio de três andares, com dois apartamentos por cada nível, à excepção da cave, que é a casa de serviço. Um prédio recente, com particularidades diferentes em cada uma das fracções.
Do 1º esquerdo ao 3º direito vivem personagens tão características como a acompanhante de luxo que decidiu morar sozinha para rentabilizar o seu negócio de prazer, depois do sucesso num clube privado; o casal mais que perfeito à beira da ruptura, que continua a ferir-se mutuamente nas costas com duas facas afiadas de traição; o curioso casal de idades distintas mas pensamentos comuns, que procura conhecer cada vez melhor o mundo delicado da partilha; o professor de Equitação, charmoso e inevitavelmente atraente, irresistivel aos olhos de qualquer vizinha; a jovem universitária que se apaixonou pela colega com quem partilha o apartamento e que namora há seis anos com o amor da sua vida; a professora universitária
quarentona, que terminou recentemente um casamento de 20 anos com um homem que a humilhava por ela não poder ter filhos;
As paredes deste prédio são testemunhas das vivências destas personagens fortes, misteriosamente eróticas e perigosamente envolvidas. Daqui em diante, tudo o que será revelado serão os seus segredos mais intimos.
O blogue que hoje se inicia é uma aventura à imaginação intima de cada um de nós. Os posts futuramente publicados farão uma invasão ao desejo, à paixão, à sensualidade e erotismo que cada uma das personagens vive.
Esta história não é um conto romântico. Estes relatos não fazem parte de um filme de qualidade duvidosa do Cine Bolso. Os posts que se seguem não se assemelham aos blogs que costuma ler.
Prepare-se para entrar na moradia mais ousada e eroticamente quotidiana que jamais teve o prazer de visitar.
A semelhança com qualquer vida real que possa achar conhecer é mera ficção. Mas o desejo que vive em todas estas personagens poderá morar na sua imaginação.
Seis apartamentos, seis histórias. Cinco delas são fruto de uma larga imaginação. Mas uma delas é real. Intensamente real.
Consegue descobrir qual?

02 February 2008

A Intocável (Parte I)

Ela entrou no restaurante, à mesma hora de todos os outros dias, e dirigiu-se à mesa do costume sem sequer olhar em volta. Senta-se e abre a mala para tirar o seu pequeno acompanhante de quase todas as horas, a sua vida na palma da mão: o palm. Espera um e-mail importante que ainda não chegou, e começa a reorganizar a sua agenda quando chega a funcionária de sempre para anotar o seu pedido.
O e-mail não chega, talvez tenha que adiar aquela reunião... Levanta os olhos, pensativa, sem ver o restaurante, que começa a encher, nem a forma como o sol de inverno brilha lá fora.
Ela não vê, mas é vista.
Miguel acabou de chegar a um novo emprego, longe da cidade onde sempre viveu e ainda se admira com a alegria que encontra nesta nova terra solarenga. Gosta de observar, é o seu passatempo desde que se lembra. Observar, escutar, percepcionar... Tentar adivinhar as vidas alheias, imaginar como serão as pessoas na sua casa, na sua intimidade. Está um casal na mesa ao lado que ele observa sub-repticiamente. Ela, uma mulher bonita de vinte e muitos anos, está nervosa, ele vê pequenos tiques que acredita indicarem que ela não se sente confortável ali, ela olha muitas vezes em volta, como se tivesse receio de ser vista, sorri e conversa com o acompanhante, mas sem se entregar completamente à sua companhia. Na mão esquerda, uma aliança de ouro. Sem dúvida, aquele não deve ser o marido. Quando ele leva o copo à boca ambas as suas mãos ficam visíveis, e estão nuas de qualquer adereço. Jovem e sorridente, ele parece confiante e despreocupado.
Miguel segue observando as pessoas no restaurante até os seus olhos escuros encontrarem aquela mulher sozinha. É a única pessoa a comer sozinha, para além dele, mas não parece sequer dar-se conta do mundo que a rodeia, o que proporciona que ele a observe directa e descaradamente.
O prato de sopa à frente dela arrefece sem que ela o olhe, as suas mãos de dedos finos e delicados manejam um pequeno computador com facilidade. Ela tem o longo cabelo castanho preso, o que expõe o seu rosto à apreciação do recém-chegado. Ele descobre-lhe os traços finos mas fortes do seu rosto, que indicam uma mulher enérgica e decidida. Uma mulher confiante e independente, com um ar inteligente e... Bela.
Ela pousa o palm com um ar agastado de quem foi contrariada, e começa a comer a sopa.
Ele observa a forma como ela leva a colher aos lábios discretamente pintados. Gostava que ela sorrisse. O seu sorriso deve ser belo. A sua refeição chega e interrompe as divagações acerca da bela desconhecida. A empregada é simpática e certifica-se de que o novo cliente está satisfeito antes de partir de volta aos seus afazeres, libertando o campo de visão dele. A surpresa é que a desconhecida já não está lá e ele sente-se desiludido. Sorri, estranhando este sentimento e começa a comer, quando a vê de novo, saindo do restaurante orgulhosamente só. Várias cabeças masculinas, e até algumas femininas se viram à sua passagem.

Dois dias depois, Miguel regressa ao mesmo restaurante. Desta vez está acompanhado por colegas do escritório. O Paulo e a Joana são simpáticos e sorridentes, e vão tentando que ele se integre bem na equipa, ela contando-lhe os últimos mexericos e ele, mais formal, falando do trabalho e dos pequenos truques, como oferecer uma caixa de chocolates à rapariga das fotocópias para se ter prioridade. Ele sorri e responde, mas está meio ausente, os seus olhos varrem o restaurante à procura daquela cara, daquele corpo... Sem sucesso. Ela não está ali como da última vez. Miguel decide dedicar-se aos seus companheiros de refeição e à sua conversa animada.
Miguel ri-se, sonoramente, da piada que Paulo acabou de contar quando o riso lhe morre na garganta ao vê-la chegar. A sua forma de andar transpira sensualidade, o fato saia casaco ajusta-se na perfeição às suas formas generosas, e aquele decote... Devia ser crime. Intrigados, os colegas viram-se para ver o que prende assim a sua atenção.
- Ohoh! A Intocável... Esquece amigo, aquela só vê trabalho à frente.
- Ah, Paulo, um homem pode sonhar, não? - Responde-lhe.
Joana sorri e não comenta. As mulheres têm destas coisas, pequenos segredos, opiniões que não transmitem, silêncios carregados de significados que só elas conhecem.
Miguel observa a forma como ela cumprimenta a funcionária do restaurante e tenta adivinhar as palavras que compõe aquela pequena conversa. Como da outra vez, ela senta-se sozinha e agarra no palm, trabalhando sem cessar.
A conversa dos novos amigos perde as cores garridas que ainda há pouco tinha, e ele responde de forma distante aos comentários que eles vão fazendo.
- Paulo, acho que o nosso Miguel está longe daqui... mas não muito! - Diz Joana.
- Parece que sim - e voltando-se para Miguel pergunta-lhe - Miguel, que tal voltares para casa?
- Hã? Sim, para casa... Não! Para casa como?
- Já que não estás cá e não vais ter sorte nenhuma com a Intocável...
- Oh, não, nem pensem nisso! Só estava a observar, é uma coisa que eu faço. Gosto de observar, e quando o que se vê é tão agradável...
Eles riem-se, já viram aquele filme antes. Ela consegue sempre despertar a tenção dos recém-chegados, mas assim que algum se tenta aproximar é repudiado sem cerimónias e acaba por desistir.
A conversa decorre agradável enquanto Miguel vê a mesma cena decorrer em frente dos seus olhos escuros. Ela trabalha, pousa o palm de forma a ainda poder vê-lo e come, depois levanta-se e vai aos lavabos, paga e sai. Pouco depois saem eles, de regresso ao trabalho.

No dia seguinte, Miguel vai almoçar sozinho ao mesmo restaurante. Vai com o propósito de a ver e de fazer algo, ainda não sabe bem o quê, mas assim é que não pode continuar. O seu corpo reage quando ele rememora o sonho dessa noite, o sonho em que ela se derretia nos seus braços. Uma quimera... Ele recompõe-se à entrada dela. O mesmo ritual desenvolve-se diante de si, sem alterações, sem que ela levante os olhos, sem...
Ele chama a empregada, decidido, e quando ela se aproxima ele diz-lhe:
- Quando aquela senhora quiser pagar, diga-lhe que já está pago. Eu quero oferecer-lhe o almoço.
- Ah, peço desculpa, mas a senhora não aceita nada de ninguém. Nunca aceitou.
- Não se perde nada por tentar mais uma vez, pois não? Vá... Fazemos assim, você diz-lhe que o almoço dela já foi pago mas não lhe diz quem foi, pode ser?
Miguel usa os seus dotes de sedutor, descaradamente, e a funcionária acaba por ceder relutantemente. Quem poderia resistir àquele olhar profundo?
Quando a refeição dela acaba e ela se dirige aos lavabos, como sempre, Miguel espera ansioso pela sua reacção. Não era exactamente aquilo que ele esperava, parece que ela está zangada, furiosa mesmo! Ele observa enquanto ela gesticula e fala para a funcionária, depois a pobre coitada, muito vermelha, dirige-se à cozinha e traz com ela a segunda funcionária do restaurante. Mais algumas palavras são trocadas entre as três, a Intocável deixa uma nota em cima do balcão e sai, com o passo rápido de quem não está nada satisfeita.
Ui, parece que isto não correu nada bem, pensa ele enquanto a empregada se aproxima.
- Isto não voltará a acontecer, senhor, a Dra. Clara é uma cliente de há muito tempo e saíu daqui furiosa. Ela não aceita que ninguém pague o que ela consome e nós já devíamos saber disso. Aqui está o dinheiro que ela deixou, se quiser mesmo pagar a conta dela, pode ir devolvê-lo, mas não conte mais comigo!
Dito isto, ela pousa o dinheiro em cima da mesa e vai-se embora. Miguel decide não deixar as coisas como estão e, dirige-se ao balcão para pagar. A nota que ela deixou é guardada no bolso interior do seu casaco, mas ele deixa uma de igual valor como gorjeta para as funcionárias.

Miguel não está habituado a receber um não como resposta e tem apenas um dia para pensar no passo seguinte. E vocês, o que fariam?

29 January 2008

Prémios

Já estava em dívida com a Bruxinha mais sexy da blogosfera há algum tempo e por isso peço desde já as minhas desculpas, mas o sacana não cresce! Estou a falar do tempo, claro!
Só o facto de lhe provocar "orgasmos mentais" de cada vez que me visita é o suficiente para eu ficar muito satisfeita, mas eles decidiram premiar-me com o seguinte galardão que eu muito agradeço:

Dizem as regras que devo nomear mais 7 blogs que até não são maus e assim sendo... "água-vai":
Ora... Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze... Bolas, pá! Assim não dá! Ainda não acabei de os contar e já vou quase no dobro daqueles que devo! Não sei quem é que inventou as regras mas cá para mim, elas servem para se quebrar! Portanto, eu digo que todos os que constam ali da listinha de Danças Regulares Não São Maus Blogs. Eu não leio maus blogs! Considerem-se todos premiados!

Estava a meio da escrita deste post quando me cai na caixa de correio mais um comentário. Cusca como sou, parei tudo e fui ler. Fixe! Mais um prémio! Deixa lá ir espreitar... O pessoal do Blog Provoca-me! considera-me uma Escritora da Liberdade. Fiquei abananada!

Escritora da Liberdade... Isto soa bem! Tenho que agradecer a estes três! Gosto deles, mas também não os visito com a assiduidade que gostaria...
Escritora da Liberdade. Mas o que é que isto quer dizer?
Que escrevo com a liberdade que o anonimato me dá? Que escrevo livremente, sem pudores nem considerar a opinião de quem lê? Não, isto não pode ser porque penso sempre em quem me lê quando escrevo. Que escrevo o que me dá na real gana? Pois... Pode ser...
Seja lá como for, sou livre para nomear quem eu quiser para receber este prémio. A única coisa que me chegou das regras é que devem ser 10.
Eu não sou lá grande coisa com regras, pois não?...
1 -
2 -
3 -
4 -
5
6
7
8
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Não dá! Desculpem-me. Todos, por favor, desculpem-me mas não consigo. Ainda cheguei ao quarto, mas... (quarto blog, meninos, blog!) Apanharam-me em plena crise de inspiração. Como todos sabem (passo a vida a queixar-me disso!) não tenho tido tempo para escrever, para blogar e nem para ler e comentar os blogs de que tanto gosto. De vez em quando lá clico num link aqui do lado para espreitar as casas alheias. Visitas de médico! Ontem, por acaso fui ler o da Ana, sim o 3º Fte. Gosto desta miúda, saio de casa dela sempre com um sorriso. Como eu dizia, fui ao 3º Fte e, quando já estava de saída, cliquei sem querer num link que ela lá tinha. Fui parar aqui. Não estava com muito tempo porque o trabalho já me chamava de volta aos seus grilhões mas... Fui ficando, ficando...

Bottom line:

Como é que eu posso dizer que escrevo alguma coisa de jeito depois de ler isto?! E isto?! E ainda isto, ou isto ou isto?!!! Entre tantos outros...

Agradeço imenso aos Bruxinhos. Agradeço imenso aos amigos Provocantes.

Reduzo-me à minha insignificância... Vou ali e já venho.

21 January 2008

Modéstia às urtigas!

Hoje está sol. Sabe bem, depois de dias e dias de chuva e frio...
Hoje não me apeteceu ficar fechada, quis antes ver a luz branca das lâmpadas do escritório, substituída pela quente luz do dia. Não tinha com quem sair mas a vontade estava lá, presente, forte. Não arranjei companhia, mas também não me faz falta. Não tenho pudor de andar sozinha. Aquela esplanada bailava-me no pensamento desde que tinha visto o sol brilhante, a meio da manhã.
Pelo correio chegou-me um livro. Óptimo! Peguei na mala, nas chaves do carro e no livro e saí. Em menos de nada estava sentada na esplanada, um café à frente e o livro na mão, deixando-me embalar pelo calor do sol na pele, invadida pelo cheiro da relva num silêncio raramente interrompido pelo leve som do taco batendo nas pequenas bolas de golfe.
Daí a pouco chegou um grupo para almoçar. Seis homens cujo cacarejar veio interromper os meus devaneios. Neste meu momento de tranquilidade perfeita bastou-me embrenhar-me mais no livro para deixar de ouvir as suas vozes. Fui beberricando o meu café enquanto ouvia queimar o cigarro de cada vez que o levava à boca. Ao longe, muito longe a voz de Mercury...
A minha meia hora de paz passou-se rapidamente. Olhei ao relógio e vi que era tempo de regressar ao mundo comum. Fechei o livro e de repente noto que o restaurante estava cheio e barulhento, que estavam mais três casais na esplanada, que estes eram todos estrangeiros idosos. Aqueles dois ao sol eram ingleses, estes à sombra, americanos falavam do sol da Flórida. Os seis homens riem-se de algo que não ouvi.
Levantei-me e fez-se silêncio.
Não olhei para ninguém, mas senti os olhares alheios.
Às vezes esqueço-me do bem que sabem estas massagens ao ego. Esqueço-me do efeito “silenciador de cacarejos” que têm umas botas de cano e salto alto, umas calças pretas e justas, uma camisola vermelha cingida e de uma mulher que...
AHAHAHAHAH!!!!

11 January 2008

O Jogo do Desejo [Reposição]

Ela vê-o chegar, felino, perigoso, com uns olhos verdes a faiscar desejo na penumbra. Os olhos fixam-se. Ele aproxima-se dela lentamente e fá-la recuar, mais e mais até ela não ter por onde ir e ficar entre o corpo dele e a parede.
Os seus braços um de cada lado do corpo dela não lhe deixam escapatória e só pode olhá-lo.
Perdida.
A eternidade perde-se no olhar deles e ela sente-se derreter nos lagos verdes e brilhantes dele que a observam, implacáveis. Ela sente que ele a despe com o olhar. Sente-se vulnerável. Como se se visse nua.
Ele ainda não lhe tocou e ela já o sente.
Poderoso.
Possante.
Macho.
Ele procura aquela boca macia que lhe tentam negar. Tarde demais. Segura-lhe o rosto, decidido, e esmaga-lhe os lábios contra os seus, a sua língua invade-a, penetra-lhe a boca, obriga-a a corresponder a esse beijo roubado.
Presa entre a parede e o corpo dele, que sente agora pressionando o seu, ela não tem forma de escapar mas sabe que vai tentar... e ele também sabe, está à espera disso. Nem seria ela se não desse alguma luta.
- Minha. - sussurra ele. E sorri, satisfeito, ao ver o efeito imediato que uma só palavra teve sobre ela: O arrepio de prazer que a sua pele não soube esconder.
Ela virou-lhe a cara para se esconder do seu olhar e apenas conseguiu que ele se deliciasse com o seu pescoço e ombro assim expostos, que percorre, primeiro com a ponta dos dedos e depois com a língua e dentes. Cada dentada é uma onde de choque no corpo dela que não consegue reprimir um gemido rouco.
Ela retira, finalmente, as mãos da parede e tenta empurrá-lo, escapar, mas não consegue, não tem força suficiente. O que consegue é que ele se divirta com a sua pobre tentativa, e dar-lhe a oportunidade de lhe agarrar os pulsos para percorrer o seu peito com as mãos dela, provocando-a. Excitando-a.
- Hhhhaaaa - Ela expira, libertando o ar que tinha aprisionado nos pulmões.
Arranha-o.
Ele reage rapidamente retirando as mãos dela do seu corpo. É a vez dela sorrir.
- Não, pequenina. Assim não. - Diz-lhe, forçando as mãos dela para trás das costas e encostando-a com força à parede. Ela fica com os braços presos pelo seu próprio corpo e ele tem, agora, ambas as mãos livres.
O jogo recomeça.
Ele agarra-lhe a cara e beija-a de novo, com força, dominante. A sua boca prende a dela enquanto as suas mãos descem pelo pescoço e ombros até chegarem aos seios mal escondidos pela t-shirt sem ombros. Depois de os libertar, apalpa-os, massaja-os, brinca com os mamilos a seu bel-prazer enquanto ela respira cada vez mais depressa. A sua boca segue as mãos e ela sente como a beija e a lambe e a mordisca...até lhe arrancar um gemido fraco:
- Não... - sussurra suplicante.
- Sim. Responde ele, confiante - Sim, para aprenderes a guardares as unhas para ti, gatinha!
Ajoelha-se e levanta-lhe a camisola para lhe beijar o ventre. Já não a força contra a parede mas ela não dá por isso e mantém a posição. Levanta-lhe a saia justa para lhe sentir as pernas e o seu calor.
Ela está muito excitada. Sente-se molhada e pronta para ele. Fecha os olhos.
- Olha para mim. - Ordena ele.
Ele sabe que ela gosta de ver. Conhece-a. Sabe que olhar e antecipar a excita mais. Vendo a língua quase chegando ao mamilo ela já a sente em antecipação, vendo os dedos perto da pele ela reage ao toque que há de vir.
- Não. - Resiste-lhe porque não o vê, porque mantém os olhos fechados e se recusa à entrega.
Ele não lhe responde.
Ela deixa de o sentir... Não lhe toca.
Não o ouve.
Silêncio.
Nada.

De repente a mão dele no seu sexo dentro das suas cuecas dentro de si!
- AHHH! - Grita! e olha-o finalmente.
- Cada vez que me desobedeceres o castigo será maior. Compreendes?
Não lhe responde. Não consegue pensar, respirar!
- Responde! Compreendes?!
- Ahhh! Hummm! Sim!
- Diz "Sim, Senhor". - Ordena enquanto os seus dedos chegam lá, ao ponto certo para a levarem à loucura.
- Sim... Ah oh mmm... ... Se... nhor! - Diz, entre gemidos e arquejos.
Vem-se e geme e quase grita e o seu suco escorre-lhe pelos dedos, abundante.
Já não pensa, já não vê... Só sente. O seu corpo pertence ao prazer do momento e ela perde-se nele.
- Gostas assim, não é? - Perguntas ele.
- Sim. Gosto.
- Sabes o que te vou fazer?
- Não.
- E queres saber.
- Sim... Não.
- Então? Não queres que te diga como vou gostar de meter a minha língua onde tenho os meus dedos? - Diz sorrindo e o riso ouve-se na sua voz. - Não queres saber como te vou saborear, como te vou amar com a língua e os dedos até te levar ao pico do prazer?
A descrição faz com que ela antecipe o prazer e não consegue conter a excitação.
- O teu corpo é meu e vou fazer de ti o que quiser, sabias? E tu vais deixar.
- Não. - Ela adora tentar resistir, mas a resistência fica-se só pelas palavras porque já foi traída pelo corpo. Ele ri-se de novo, numa gargalhada rouca de desejo porque se sabe vencedor.
- Sim. Porque negas? Sabes que és minha e sabes que queres ser minha... Para quê resistires?
O orgulho fá-la reagir e empurra-o para lhe escapar. Consegue que ele caia para trás por estar numa posição de desequilíbrio mas não a deixa ir longe e ela sente-se agarrada de seguida. Vira-a para ele e obriga-a olhá-lo nos olhos enquanto avança. Ela sente algo que lhe bate nas pernas, atrás dela e desequilibra-se mas ele não a deixa cair na cama.
- Diz-me... onde queres ir?
- Aqui mesmo. - sussurra-lhe ela enquanto o abraça, o beija e se entrega ao prazer que os dois conhecem tão bem.
Adoram aquele jogo.

07 January 2008

Quero...


Sentir o teu ardente olhar no meu, enquanto assim me dizes sem uma palavra "vou beijar-te". Sem espaço para recusas (como se eu o fizesse!), sem tempo para apelos, sem hipótese.

Deixar a pele ver o teu corpo aproximar-se do meu e a escuridão dos teus olhos tomar-me os sentidos de assalto.

A doce suavidade dos teus lábios tentando, testando os meus. Um toque electrizante que me paraliza e me faz sentir viva! Quero sentir o gosto do interior da tua boca, a textura da tua língua na minha, a tua saliva misturando-se com a minha... Tenho pressa de ti! Encosta-me à parede e esmaga-me com o teu corpo! Forte, mas suave... Tira-me o fôlego... Rouba-me o ar. Atiça-me os sentidos!

Mmmmmmmmmmmmmm... - diz a voz na minha mente.

Quero deixar as minhas mãos percorrer a pele quente e lisa das tuas costas, sentir-te arrepiar ao meu toque, enquanto percorro os teus lábios com a minha língua e vejo o fogo aumentar nos teus olhos.

Simmm!... - Penso eu, sorrindo de mim para mim.

Agarro-te as nádegas, experimentando-as, puxo-te mais para mim. Quero-te com força! Sinto a tua respiração pesada, o estremecer das tuas mãos em mim, o desejo apoderando-se do teu corpo e sinto... o gemido que deixas preso na garganta, sem o ouvir.

A tua mão vence-me ao apoderar-se da minha nuca. Prefiro assim, gosto quando não me deixas ser mandona.

Quero que me venças pela força do desejo que sinto por ti.
O teu outro braço rodeia-me a cintura. A escuridão abate-se sobre a minha consciência enquanto sinto a parede deslizar nas minhas costas...
- Hummmm!...